terça-feira, 25 de janeiro de 2011

De A a Z: YES

 

image Dirigido por Sally Potter

Site Oficial: http://www.yesthemovie.co.uk

Independentemente da intenção do cineasta, que era a de mostrar o tipo de mensagem que deve ser transmitida diante de uma atmosfera de ódio e de terror, o filme vai além. Desde o início.

A princípio temos uma “secretária do lar” conversando diretamente com o expectador, falando sobre seu trabalho e sobre como as pessoas costumam considera la “menos” ou “burra” - acontecimento comum neste tipo de carreira-. O mais interessante é o modo como ela fala de assuntos tão triviais como sugeira … O que consideramos sugeira? E ela pode ser limpa?Vejam o que pensa esta secretária do lar…

Não obstante, o filme mostra uma relação “aberta”que embora individualmente seja de sucesso, em par, naquilo que os confere o nome de casal, a relação está há muito falida -também muito comum e muito omitido socialmente já que casamento desfeito é sinônimo de derrota –. Ela é encontrada, em meio a deveneios, por um garçom libanês que lhe faz elogios e galanteios. Sozinha e carente ela cede aos seus encantos e eles se tornam amantes. Ela, uma cientista respeitada, nascida na Irlanda e criada nos EUA,  ele um médico exilado vivendo como garçom e cozinheiro. Os dois vivem a destruição de seus sonhos, os dois vivem o desrespeito por suas origens…os dois precisam dizer SIM para si mesmos, diante dos muitos NÃOs.

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Além de  cenas muito sexy e atraentes, o cineasta propõe a exposição dos pensamentos de cada personagem, que fica explícito para o expectador.  E muitos personagens tem voz neste longa lindo e que chama para a reflexão do dia a dia, das diferenças e riquezas advindas destas.

Vale assisitir…

sábado, 22 de janeiro de 2011

De A a Z: A Cor Do Paraíso

image Direção: Majid- Majidi
Lindo filme cuja história emociona e ensina sobre os valores cultivados socialmente.
Mohammad é um menino cego, e por causa de sua deficiência não pode frequentar a mesma escola que suas irmãs. O pai, que é viúvo, procura desesperadamente por uma esposa que o ajude a criar os filhos, já que sua mãe, que é apaixonada por Mohammad, está velha e fraca. Ao arrumar uma noiva, o pai de Mohammad decide que é melhor que o menino fique longe, a pretexto de instruir-se,  para não atrapalhar o novo casamento, o que causa muito desgosto em sua mãe, levando-a a morte.
Muita sensibilidade. A aspereza e a docçura das ações…a fala do corpo e o corpo que fala, nas expressões, nos toques, nos sons que emite…tudo misturado em uma história singela de relacionamento familiar, em específico a própria história, e relacionamento humano em geral, porque é válido para todos já que todos tendemos a classificação: “normal” e “anormal”, “perfeito” e “deficiente”, “bem” e “mal”, “melhor” e “pior” e seus desdobramentos. Qual é o papel da mulher em uma sociedade? Qual é o papel do deficiente? Onde está nossa HUMANIDADE?? E o que vem a ser afinal? Faça como Mohammad, sinta…
Este Filme é uma ótima dica para professores e pais...para todo mundo, claro, mas principalmente para os primeiros.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Culpa é do Clima?

 

Há dois dias, assistindo o noticiário ouvi a seguinte frase de uma “moça do tempo”: “… se continuar chovendo deste jeito a coisa vai ficar ainda pior”. O que ela quis dizer com isso parece óbvio diante as tragédias naturais que temos visto Brasil afora, mundo afora. Mas será que é? Será que as chuvas são responsáveis por tudo isso?

Há muitos e muitos e muitos anos atrás o homem teve que aprender sobre a natureza do meio ambiente que o circunda para poder criar maneiras mais confortáveis para viver, dado que já vivia e, muito bem obrigado, aclimatado à sua região. Com essa vontade de melhorar suas condições de vida o homem criou e inventou muitas e muitas coisas, entre elas muitas e muitas que degradam seu meio ambiente, desde remédios que saem através de nossa urina e fezes (que seria teoricamente 90% - pouco menos  talvez- somente água) até materiais tóxicos que se propõe a auxiliar na agricultura, materiais pesados como os metais, e os de uso doméstico, plásticos, alumínio, etc. Pontes, túneis…casas, carros, navios (onde você acha que os navios armazenam nossas fezes? Eles não armazenam, eles jogam no mar…)Enfim, muita e muita sugeira…O detalhe é que a sugeira cresce cada dia mais em termos de volume, mas o Planeta Terra não tem mais para onde crescer…

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Á pretexto de uma vida civilizada, com vistas no progresso, os homens produziram efeitos sobre a natureza alterando seu fluxo. E a responsabilidade sobre isso? Responsabilidade sim…não dá para cobrar isso da natureza, dá? De quem cobrar então?O Alerta fora dado há anos atrás por ambientalistas de todo o mundo, mas o que estamos fazendo com relação ao nosso lixo? O que fazemos?

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Sobre este assunto veja o Filme do Greenpeace “Mudanças do Clima, Mudanças de Vida”. É um documentário triste, mas muito audacioso, e por isso questionado.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

De A a Z: Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças


Creio que este seja o filme mais bonito que já assisti  com o ator Jim Carrey. Aqui ele mostra como trabalha bem. A atriz  Kate Winslet fez vários filmes que gostei muito, mas este realmente é demais. Neste, o assunto é realmente sério.
Quem nunca quis esquecer alguma bobagem que tenha feito? Quem nunca quis uma segunda chance para escolher (de novo o tema da escolha)de novo ou do novo?

image Diretor Michel Gondry
Numa época que guisá nunca chegará, a possibilidade de começar de novo é fato, porém, a que preço? Será que esquecer as coisas que fazemos de “errado”, ou apagar uma mancada nossa da cabeça seja realmente uma boa escolha? (Olha as escolhas aí minha gente!!!) Qual o valor da memória? Para que ela serve além de armazenar os dados em nosso hardware? Alguns dizem que o passado é o que faz a gente ser o que é hoje…Outros dizem que o passado é para ficar no passado, e se possível com uma pedra enorme em cima. Não podemos mudar o passado, mas esquece lo é a solução para nossos males mentais? Filmasso super recomendado…principalmente para o trabalho com Teoria do Conhecimento.

domingo, 16 de janeiro de 2011

De A a Z: A Festa de Babette

Duas adolescentes vivem com o pai, um rigoroso pastor luterano, em um pequeno vilarejo da costa dinamarquesa, cujo legado espiritual deixara a elas quando de sua morte. Em uma noite de 1871, bate à sua porta uma parisiense pedindo refúgio: Babette (Stéphane Audran) foge da repressão à Comuna de Paris e se oferece para ser a cozinheira e faxineira da família. Muitos anos depois, ainda trabalhando na casa, ela recebe a notícia de que ganhara uma fortuna numa loteria em Paris. Em vez de voltar à terra natal, resolve ficar e gastar o dinheiro em um autêntico jantar francês que oferece à comunidade, aproveitando para comemorar o centésimo aniversário do pastor. Seu banquete impressionou os convidados. Babette havia sido chef de cozinha francesa e trabalhado no chique Café Anglais (que existiu de verdade). O diretor trata a comida como "forma de elevação espiritual". Baseado na história de Isak Dinesen. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1988.
image Diretor : Gabriel Axel
Muitos filmes tem falado a respeito da culinária, e este é um deles, talvez um dos primeiros a tratar a comida (mas não qualquer comida, feita de qualquer jeito, como costuma-se fazer nos dias de hoje - arroz de microondas, pizza de microondas, bolo de microondas…), como algo que eleva a alma além de alimentar o corpo. O pastor pregava que a comida simples, assim como a vida levada de forma simples agradava Deus e garantia um pedacinho no céu (além da caridade é claro). Por isso as moças não se casaram, não se enfastiaram com as possbilidades atraentes que lhes surgiram e viveram unicamente dando continuidade ao legado do pai. Vosso único “pecado” fora deliciar se, de forma comedida, no banquete oferecido de maneira irrecusável por Babette. Aliás, esta é a parte mais atraente do filme: o Banquete. É engrassado e provocante ao mesmo tempo (visto que dá uma vontade de comer tudo aquilo).
Mais uma vez um filme recheado de escolhas a fazer. Deus seria tão mal assim, a ponto de furtar a seus fiéis as delícias e prazeres terrenos? Enfim, o final poderia ter sido melhor, mas…

De A a Z: “Amores Brutos”

Quem já assistiu Babel, do Diretor Alejandro Ganzález, vai entender o que vou escrever ou descrever. Não que não entenda quem não assisitiu, mas é que parece ser uma característica do diretor trabalhar com filmes deste perfil. Vidas que se cruzam, não por acaso, ou, por acaso...seja como se acredita...
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Amores Perros, ou Amores Brutos retrata três histórias. Três (ou mais) vidas ansiando por mudança. Com ou sem medo de decidir sobre seus destinos essas vidas tem que fazer escolhas e desejam faze las, porém há como viver sem escolher? Como, quando a vida pode ser melhor, não tentar mudar? Quando o pior parece ser a única via de nossa vida, ainda assim não deixamos de escolher. Tudo é uma questão de escolhas, e as escolhas  influenciam a vida de pessoas cuja existência se desconhece. E parece que tudo está ligado, como se um Deus já prevesse tudo e encaminhasse a vida das pessoas de tal maneira que o Destino se torna inexorável. E o Amor? Onde se encaixa o amor? Na força do desejo dessas pessoas. Aqui, desejo e amor se confundem e o primeiro parece subjugar o segundo. O irracional parece subjugar o racional. Mas é racional não querer mudar? É irracional querer mudança a qualquer preço? Existe um destino ou nossas escolhas realmente mudam o rumo de nossas vidas?
O filme tem cenas fortes de rinha de cachorro, mas é um longa brilhante no que tange a questão do Destino e da Liberdade. Ademais, é um ótimo programa para assistir entre adultos. Quem sabe não rola o assunto...

domingo, 9 de janeiro de 2011

“De A a Z”: A Festa Nunca Termina

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título original: (24 Hour Party People)
lançamento: 2002 (Inglaterra)
direção:Michael Winterbottom
atores:Steve Coogan, Shirley Henderson, Paddy Considine, Sean Harris.
duração: 115 min
gênero: Comédia

Vocês já viram este filme? Se não, vale a pena pelo processo histórico musical que ele retrata de forma suave, melancólica e até engraçada. A história se passa em Manchester a partir da década de 70 e tem como narrador o personagem principal que é o jornalista Tony Wilson (encenado por Steve Coogan).

Manchester, 1976 e Tony Wilson (Steve Coogan) está no show dos Sex Pistols. Totalmente inspirado por esse momento-chave da história da música, ele e seus amigos montam um selo chamado Factory que tem como primeira e grande banda o Joy Division (que viria a ser o New Order), com o James e os Happy Mondays. Todo o movimento criado por Tony Wilson, de forma totalmente anarquista, culmina  no nascimento de um dos dance clubs mais famosos do mundo, o Hacienda, meca de clubbers e adeptos do psicodelismo. Descrevendo a herança musical de Manchester desde a década de 1970 até o início dos anos 90, o filme ilustra a vibração que fez de Manchester o lugar onde todos gostariam de estar, naqueles momentos, rs…

O que tem de curioso? Poucos e raros são os filmes que retratam o Punk Rock, ou mesmo as bandas alternativas destas épocas de forma tão inocente e jovial. A vitalidade, a sensação de imortalidade e o desejo desta, tudo isso retratado, e com uma trilha sonora  empolgante.

Logo no início do filme há uma fala a respeito de Ícaro, personagem da mitologia grega.

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Na mitologia grega, Ícaro, filho de Dédalo e de uma escrava de Minos, chamada Neucrata, foge do labirinto onde Minos o havia aprisionado. Querendo fugir do Minotauro, seu pai lhe fez asas de penas e cera. 
Antes de levantar vôo, o pai recomendou-lhe que mantivesse em altitude média, nem muito alto (perto do Sol, cujo calor derreteria a cera), nem muito baixo (perto do mar, cuja umidade tornaria as asas pesadas). Entretanto, no entusiasmo de poder voar, o jovem esqueceu os conselhos do pai e elevou-se tanto nos ares que perdeu as asas, precipitando-se no mar.

Será que dá pra entender o que o que ele quer dizer com isso?

De A a Z, vou contar para você!

Estou inaugurando hoje uma idéia nova, quer dizer, não sei se é uma idéia nova literalmente, mas é uma idéia nova que veio em mim e que gerou uma ação, pronto e basta!
No curso de Filosofia na Universidade onde me formei não há uma disciplina que eu tenha feito que tenha ensinado o que farei aqui. Na verdade, o que quero dizer é que não creio que eu realmente saiba fazer o que me proponho a partir de então. Aliás, nem a escola, nem a Universidade ensinam a fazer nada que não seja, ler, escrever, raciocinar de acordo e pesquisar. Cá entre nós, fazem isso muito mal por sinal, mas deixemos este assunto para outro momento, porque os que realmente sabem ler, escrever, pensar e pesquisar não precisam destas Instituições para nada. Aprenderiam certamente sem elas, mas….voltemos. Portanto, não sabendo se faço certo ou não,  não deixarei de fazer, primeiro porque é gostoso, depois porque acho extremamente útil e finalmente, pertinente aos dias de hoje. Principalmente porque desta forma clamo pelas vozes ocultas que fazem este meio de comunicação existir…clamo pela palavra, pela troca. Quero abrir um canal de comunicação com quem tenho afinidade e dialogar a partir de filmes que assisti, assisto e assistirei…Pretexto para um bom texto construido a muitas mãos. Que tal?!
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Vamos começar?
Sempre que você ler De A a Z, eu tenho algo a contar sobre filmes e desejo escutar o que pensam sobre eles também, ….vamos nessa……Ah, aceito indicações...