Diretor : Gabriel Axel
Muitos filmes tem falado a respeito da culinária, e este é um deles, talvez um dos primeiros a tratar a comida (mas não qualquer comida, feita de qualquer jeito, como costuma-se fazer nos dias de hoje - arroz de microondas, pizza de microondas, bolo de microondas…), como algo que eleva a alma além de alimentar o corpo. O pastor pregava que a comida simples, assim como a vida levada de forma simples agradava Deus e garantia um pedacinho no céu (além da caridade é claro). Por isso as moças não se casaram, não se enfastiaram com as possbilidades atraentes que lhes surgiram e viveram unicamente dando continuidade ao legado do pai. Vosso único “pecado” fora deliciar se, de forma comedida, no banquete oferecido de maneira irrecusável por Babette. Aliás, esta é a parte mais atraente do filme: o Banquete. É engrassado e provocante ao mesmo tempo (visto que dá uma vontade de comer tudo aquilo).
Mais uma vez um filme recheado de escolhas a fazer. Deus seria tão mal assim, a ponto de furtar a seus fiéis as delícias e prazeres terrenos? Enfim, o final poderia ter sido melhor, mas…
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